O número de pessoas que praticam esportes ou alguma atividade física tem aumentado bastante no Brasil. Nos últimos quinze anos, surgiram os chamados esportes de aventura, que têm atraído milhares de praticantes em busca de formas alternativas de atividade física e contato com a natureza. Além destes esportes, outras modalidades já existentes também se difundiram, como por exemplo, corrida de rua, triathlon, ginástica em academias, etc.
Paralelamente ao aumento da prática esportiva,
aumentaram o número de lesões osteoarticulares causadas por essas
atividades. Assim, houve nos últimos dez anos um grande desenvolvimento
da medicina esportiva brasileira. Surgiram clínicas e centros
especializados em universidades, com equipes multidisciplinares de
medicina esportiva compostas por ortopedistas, radiologistas,
fisiologistas, nutricionistas.
Hoje em dia, se um atleta tem uma lesão
específica, de joelho, por exemplo, ele pode ser assistido por um médico
especializado naquela articulação. Isso também ocorre para casos de
lesões na coluna vertebral, ombro, quadril, pé e tornozelo, e assim por
diante.
Não apenas surgiram ortopedistas especialistas
em lesões de uma determinada região do corpo, mas especialistas em
lesões decorrentes do esporte. A grande vantagem que o atleta tem de ser
atendido por profissionais desse tipo é que o objetivo principal do
tratamento não é apenas a cura da lesão, mas também fazer com que o
paciente retorne logo ao esporte, diferentemente de uma medicina de
tempos não muito distantes, em que se dizia ao paciente: “você nunca
mais vai poder praticar tal esporte”.
A radiologia, ou diagnóstico por imagem,
também teve que se adaptar às novas exigências desse grupo de pacientes e
de seus médicos. Os exames por imagem se modernizaram e passaram a
revelar melhor essas lesões, garantindo ao paciente melhores condições
de tratamento, seja ele clínico ou cirúrgico. Não apenas as lesões
clássicas do esporte puderam ser melhor diagnosticadas e interpretadas,
como também a moderna medicina esportiva passou a detectar novas lesões
que, se antigamente já ocorriam, não eram bem compreendidas. O
radiologista músculo-esquelético passou a desempenhar um importante
papel no diagnóstico e no seguimento destes pacientes, e dele foi
exigido um conhecimento específico desta nova área da medicina. Hoje,
uma lesão do esporte pode ser mais facilmente diagnosticada por um
radiologista músculo-esquelético com experiência na área, por ser mais
familiarizado com as imagens, que serão correlacionadas por ele com o
quadro clínico do atleta.
Exames modernos e sofisticados, como a
ressonância magnética, não são acessíveis apenas a atletas
profissionais, como jogadores de futebol. Esse método de diagnóstico
está mais difundido, pelo menos nos grandes centros brasileiros, e é
encontrado em hospitais e clínicas de radiologia. O atleta que tiver
condições de buscar tratamento com um ortopedista especializado em
esporte e fizer exames numa clínica com um radiologista também
especialista, poderá obter um diagnóstico precoce e tratamento mais
focado no seu problema, e provavelmente terá melhores condições de se
recuperar da lesão. O radiologista músculo-esquelético poderá, em
parceria com o ortopedista, sugerir a melhor combinação de exames por
imagem a fim de chegar ao diagnóstico preciso de uma determinada lesão.
Assim, poderá diagnosticar adequadamente o problema ao combinar de forma
eficiente as informações provenientes de radiografia, ultra-sonografia,
tomografia computadorizada e ressonância magnética.
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